quinta-feira, 2 de maio de 2013

Anfíbios mutilados?

Em sua ultima publicação a Sociedade Brasileira de Herpetologia (SBH) (veja a edição), publicou nota através de seu presidente  Marcio Martins, da Universidade de São Paulo (USP),  defendendo a continuidade da técnica de ablação de dedos e artelhos em anfíbios ( a técnica consiste no corte dos dedos dos animais).

Integra da nota: 
""Como continuidade à carta enviada ao ICMBio, pela SBH, sobre a posição da comunidade herpetológica brasileira a respeito da possibilidade de proibição da técnica de ablação de dedos e artelhos no Brasil (ver o número anterior da Herpetologia Brasileira), foi publicada na revista Nature de 17 de janeiro de 2013 uma carta externando a preocupação de cientistas brasileiros, incluindo o Presidente da SBH, sobre esse assunto. Tal iniciativa partiu dos alunos associados ao laboratório do Dr. Ricardo J. Sawaya, da UNIFESP, Diadema, e representou uma oportunidade de alertar um público enormemente mais amplo sobre a questão.""
sapo-malgaxe marcado com a técnica de ablação

A discussão gerou manifestações do IBAMA, ICMBio, Ministério Público, SBH e diversas instituições de ensino, o assunto rendeu uma publicação na Nature. O que para muitos é considerado uma mutilação foi bem defendido pela comunidade cientifica. Em meus trabalhos de campo optamos pela marcação com elastômero, mas me surpreendi com a defesa da técnica ate pela SBH,e vocês o que acham?

Leiam na integra a matéria vinculado no Jornal Estadão.

2 comentários:

  1. Existem outras formas de marcação, mas é fato que o preço pode ser um inconveniente. Uma vantagem da ablação de dígitos é na recaptura, você sabe exatamente qual indivíduo recapturou. No caso do elastômero você sabe que já pegou o animal, mas não há como saber qual era esse indivíduo. O assunto complicou por causa da posição da SBH. Mas se for preciso escolher, eu prefiro uma marcação que mantenha o animal inteiro. Mas isso é a minha opinião.

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  2. Em nenhuma situação sou a favor desse tipo de marcação (ablacão de dígitos), pois é extremamente importante garantir a integridade física de tais indivíduos. Em casos de dificuldade de identificação há se a possibilidade de fixação para testemunho científico. Dessa forma, não vejo a necessidade desse tipo de técnica pensando na dinâmica populacional dos anfíbios. São animais extremamente sensíveis a mudanças sazonais em seus ambientes. Não precisam também sofrer com a perda de seus dígitos.

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